O governo japonês está considerando ampliar o escopo das empresas obrigadas a divulgar dados sobre a diferença salarial entre gêneros, visando abordar a disparidade de remuneração entre mulheres e homens no país, uma das maiores entre as principais economias.
O governo planeja apresentar um projeto de lei relacionado à sessão ordinária da Dieta em 2025 para introduzir essa exigência. Segundo dados de 2023 do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, trabalhadores masculinos em tempo integral no Japão ganhavam, em média, 350.900 ienes mensais ($2.200), enquanto mulheres recebiam 262.600 ienes.
Em 2022, a diferença salarial entre gêneros era de 21,3% no Japão, comparado a 17,0% nos EUA, 11,6% na França e 5,7% na Itália, conforme dados da OCDE.
A disparidade salarial no Japão é atribuída à menor presença de mulheres em cargos de chefia e ao fato de homens tenderem a trabalhar mais horas do que mulheres. O plano de política insta as empresas a analisar os fatores por trás da diferença salarial, com os ministérios relevantes compilando planos de ação para cada indústria.
O governo estabeleceu a meta de que empresas listadas no mercado Prime da Bolsa de Tóquio alcancem uma proporção de 19% de mulheres em conselhos administrativos até 2025 e 30% ou mais até 2030.
Em 2023, essa proporção era de 13,4%, um aumento em relação aos 11,4% do ano anterior. Para atingir a meta, o governo realizará pesquisas sobre a porcentagem de mulheres nos conselhos e suas metas para a nomeação de mulheres em cargos executivos.